Me converto ao seu amor
sem perder minha religião
Desencontro a solidão
nesse outono que me dá chão
E uma chance de
pisando as folhas secas
Poder anunciar em festa
nossa aurora!
Que a primavera
nos abra novas eras
E que os sonhos
caiam por terra,
Levantando poeira
para o sempre agora
Que não há de acabar
num simples beijo
Pois o que eu vejo
é uma estrada
Para muito além
de um mero desejo
E cedo que é,
Iremos percorrê-la
sem medo
Até que nada enfim nos separe.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Vagabundismo
Se eu tivesse algum
tempo a perder
Não deixava de me encontrar
Enquanto estou por aí
caçando assunto
E o mundo girando, imundo
Gerando tanto absurdo
Sugerindo idéia
após outra
Poeira de sonho
sujeito à sarjeta
Se ajeita
que a sorte é pra já,
Se joga no jogo
Se suja de ensejo
De morte já basta
estar nesse barco
sem mar.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Pétalas...
Hoje me faz
movimento e paz
Um olho de fé
no amanhã.
...
Não ria de mim,
sorria comigo;
faz deste ensaio um abrigo
De notas poéticas
tão musicais:
rosário de flores astrais!
...
A gente é meio
que feita de fim
Pelos inícios da vida.
movimento e paz
Um olho de fé
no amanhã.
...
Não ria de mim,
sorria comigo;
faz deste ensaio um abrigo
De notas poéticas
tão musicais:
rosário de flores astrais!
...
A gente é meio
que feita de fim
Pelos inícios da vida.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Vadio
Eu tenho
licença poética para chover
Todo poeta deveria ter
Licença em dias de chuva
para comtemplar
Uma procissão de guarda-chuvas
em frente ao velório
Sorrisos que não
condizem aos olhos
Espremendo o cérebro
em busca de mais uma rima...
É que vendo daqui de cima
são tão miudinhas
As letras
dessa melodia sem voz
licença poética para chover
Todo poeta deveria ter
Licença em dias de chuva
para comtemplar
Uma procissão de guarda-chuvas
em frente ao velório
Sorrisos que não
condizem aos olhos
Espremendo o cérebro
em busca de mais uma rima...
É que vendo daqui de cima
são tão miudinhas
As letras
dessa melodia sem voz
Daydreamer
Escrevo porque estou
enfermo
Réu do que restou
de um céu todo azul
Em busca outra vez
de mim mesmo
Jogando mil passos ao vento
Palavras a esmo
Não saberia melhor traduzir
o que passo ao momento;
Preciso dessa confusão
pra me confessar
Livrar-me da culpa
de não me enquadrar
Num auto-retrato
Meu coração conhece bem
a sublime aflição
desse tédio translúcido
E não há outro remédio
Pelo menos
não agora
Aflora em mim
poesia, seu feto
Feito alergia
aos assuntos mundanos
Sou feito de um sonho
perfeito
Defeitos à parte:
Arte que arde
Reparte-me insano
aos três mundos
E quase mudando de assunto
pergunto-me o que há de errado
Em ter planos assim
vagabundos.
enfermo
Réu do que restou
de um céu todo azul
Em busca outra vez
de mim mesmo
Jogando mil passos ao vento
Palavras a esmo
Não saberia melhor traduzir
o que passo ao momento;
Preciso dessa confusão
pra me confessar
Livrar-me da culpa
de não me enquadrar
Num auto-retrato
Meu coração conhece bem
a sublime aflição
desse tédio translúcido
E não há outro remédio
Pelo menos
não agora
Aflora em mim
poesia, seu feto
Feito alergia
aos assuntos mundanos
Sou feito de um sonho
perfeito
Defeitos à parte:
Arte que arde
Reparte-me insano
aos três mundos
E quase mudando de assunto
pergunto-me o que há de errado
Em ter planos assim
vagabundos.
Restrô
Numa esquina
o retrato em movimento
Dentro da moldura desse olhar
impuro, lento
Confessa ao tempo
Uma vaidade cor de cinza
e abacate,
Rebate a tarde que passou
Segura a noite
ainda verde
No pé da mo-
cidade
Revigora a eternidade
enferma de um momento
Os carros vão passando
E até parece:
Não há tempo?
Pare pra parar
Pra respirar
para pensar
e reparar
Na cor azul das asas cruas
de um possível anjo alguém.
o retrato em movimento
Dentro da moldura desse olhar
impuro, lento
Confessa ao tempo
Uma vaidade cor de cinza
e abacate,
Rebate a tarde que passou
Segura a noite
ainda verde
No pé da mo-
cidade
Revigora a eternidade
enferma de um momento
Os carros vão passando
E até parece:
Não há tempo?
Pare pra parar
Pra respirar
para pensar
e reparar
Na cor azul das asas cruas
de um possível anjo alguém.
domingo, 13 de maio de 2012
Resignar-te
A vida resolver-se-á.
Resina que sobra, lágrima
Troca esse olhar imaturo
por outro mais limpo;
Lapida um sorriso
no rosto, disposto a mudar.
Um brilho preciso é preciso
O óbvio sempre revisto
uma necessidade, basílica:
Precioso sorriso monástico
a la Mona Lisa.
Resina que sobra, lágrima
Troca esse olhar imaturo
por outro mais limpo;
Lapida um sorriso
no rosto, disposto a mudar.
Um brilho preciso é preciso
O óbvio sempre revisto
uma necessidade, basílica:
Precioso sorriso monástico
a la Mona Lisa.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
"Como vai"
Pouco me importa
a previsão do tempo
Se vai fazer chuva ou sol
O preço do dólar ou
o preço do euro ou
Quem vai jogar futebol
O prêmio da sena
O novo modelo
do próximo carro do ano?
Eu quero apenas
Saber como vai você
- e se estou em seus planos.
a previsão do tempo
Se vai fazer chuva ou sol
O preço do dólar ou
o preço do euro ou
Quem vai jogar futebol
O prêmio da sena
O novo modelo
do próximo carro do ano?
Eu quero apenas
Saber como vai você
- e se estou em seus planos.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Veja bem
É preciso suspirar
pra ser poeta,
Suspirar pela vida
ou pelo que quer que seja
Não se dar por vencida
a peleja da amar... (jamais!)
pra ser poeta,
Suspirar pela vida
ou pelo que quer que seja
Não se dar por vencida
a peleja da amar... (jamais!)
Em tão
Toda flor
se parece com ela
Todo amor parece pouco;
Todo louco
se parece comigo
Todo mundo é amigo meu.
Tudo é fundo
e parece tão raso...
Ou será o contrário?
Entre os passos
espaços tão largos
E eu coração, me rasgo.
E eu, com razão
me abro ao tempo
Sem ela conheço-me bem;
Sei que o surto
é um estéril veneno,
Me furto ao pensamento histérico:
Grandioso mesmo
é ser pequeno.
se parece com ela
Todo amor parece pouco;
Todo louco
se parece comigo
Todo mundo é amigo meu.
Tudo é fundo
e parece tão raso...
Ou será o contrário?
Entre os passos
espaços tão largos
E eu coração, me rasgo.
E eu, com razão
me abro ao tempo
Sem ela conheço-me bem;
Sei que o surto
é um estéril veneno,
Me furto ao pensamento histérico:
Grandioso mesmo
é ser pequeno.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Humor fina
Quem disse que a palavra humor
não devia ser feminina?
Se muito mais graça há de ter
de tudo que passa, a menina
Que já ultrapassa meu ver
só de olhar
E logo confunde-se ao ter
E funde-se a alma
Na calma de um sonho sorriso
mas
Para ser mais preciso
Precisaria nascer de novo,
melhor:
Mulher.
não devia ser feminina?
Se muito mais graça há de ter
de tudo que passa, a menina
Que já ultrapassa meu ver
só de olhar
E logo confunde-se ao ter
E funde-se a alma
Na calma de um sonho sorriso
mas
Para ser mais preciso
Precisaria nascer de novo,
melhor:
Mulher.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Colore
A cada par de olhos
Serve a cor
que mais lhe convence,
Mas não lhe pertence
essa cor.
Seja o branco mais pontual
Seja o negro mais reticente
Seja o rosa mais estridente
ou um verde abismal
Todas têm vida e
são lindas por si
Igualmente;
Não falta a uma cor
Seja ela qual for
senão olhos.
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