terça-feira, 19 de novembro de 2013

Viva a fraternidade "sorrisense"!

Só sei que se chamava Débora e tinha medo da estrada. E tinha uma agência de viagens, ou seja: estava sempre na estrada. E tinha um sorriso lindo, daqueles que lembra alguma paixão antiga; lembrou-me Joana. Estávamos na condução, no caminho de volta, mãos dadas e coração quente. Não houve um beijo sequer. E o desejo, se houve, passou; ficou o sorriso...

O fim de semana havia sido maravilhoso. Muitas outras pessoas igualmente lindas com seus lindos sorrisos sinceros a saudar-me os olhos encandeados. Alessandra, por exemplo. Seu sorriso era daqueles que não sai da boca, apenas varia na intensidade. E não havia intenções. Lembrou-me por sua vez, Clara; outra paixão antiga. Todas essas platônicas, diga-se de passagem, mas nem por isso paixões menores. Enfim. Não se trata aqui de estar ou não apaixonado. O que me ocorre agora é que esta semelhança no sorrir, tão clara a minha mente, pode de repente ser a revelação de um certo molde divino...

Sim, não existem duas pessoas iguais, nem dois sorrisos; mas existem arquétipos, e nisso há como que um ato falho da exclusividade de cada ser. Ou simplesmente um sinal, de que há diferentes espécies de identificações cármicas; uma delas o sorriso. Pois assim como existem traços que remetem a tal raça ou família, existem os sorrisos irmãos, ainda que estes não se saibam.

Vasculhando o baú das memórias encontrei afinal mais confirmações para minha tese, algumas com certas ramificações, por assim dizer. Meu irmão de sobrenome tem o sorriso do BNegão, e apenas esse. Já Érica, sorri como Robert de Niro mas tem também um quê de Ariella, que por sua vez tem um quê de Fernanda Takai. Joice, sorrindo, lembrou-me a um tempo Gilberto e Daniela. Julie, Rafaela e Denise. E por aí vai. Poderia encontrar muitos exemplos mais mas talvez não fizesse sentido algum ao leitor que, se quiser, pode fazer o mesmo acessando sua própria coleção. Bem, o que me importa é que a mim faz todo sentido: é mais uma bela prova do amor divino e seu caráter universal. Somos todos um, somos todos irmãos! e estamos todos conectados... pelo sorriso!

= D



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Toda ideia é besta;
digerida, vira bosta.
Nenhuma ideia basta;
apenas o sentir
faz sentido.