sábado, 16 de julho de 2011

Humanifesto

Mulheres - homens
Melhores - piores
Talheres - mãos
Olhares - leros

Quem disse que a vida
Se resume
A dualidades?

Nossa idéia de atualidade
Definitivamente
Ultrapassada
Certamente
Não convence a Divindade

Emancipação feminina
Estudos de gênero
Isso tudo é muito bom
Mas frente à Sina,
É tão efêmero...

Pois no fundo
Somos Um,
Não em falhas
Deste mundo
Mas no Amor,
Lugar comum,
Que espalha os frutos
Da verdade
Pela eternidade afora...

Agora, deixa de vaidade;
Poda logo as folhas secas
E te aflora!:

Temos uma
Revolução a zelar

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vapular

‎Sobre a sombra que me sobra
Pisam cada vez mais passos
Pesam pelas folhas mortas
Pés de lama, quase almas

Sou aquele que levanta
Mas não cabe na rotina
Lava o rosto na piscina
De uma casa de verão
Em pleno inverno

A copular idéias aleatórias
Memórias carcereiras de mim
Vitórias no futuro do pretérito
Méritos inglórios
Fardados pelo vício
e pelo tédio, mas... que remédio?

Encabular-se e açoitar-se e aceitar-se
Pra no final acordar
Ainda a tempo de acertar;

Tudo isso, vem do verbo "vá pular"!

domingo, 10 de julho de 2011

Abissal

Trocando
O dia pela noite
A fonte pela pia
O bastante pelo muito
Pra gastar e não bastar
E não chegar não sei aonde
E me cegar
De tanta luz negra

Nado feito nódoa
No meio do nada

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um dia de fuga

Minha homepage
É a casinha na árvore
Que eu nunca tive
Mas sempre quis;
Mal fazia idéia
Do que era solidão
E vez por outra
Meditava no banheiro...

Meu pensamento só
Queria saber do banheiro;
Meu desalento só
Cabia no banheiro:
Morava no banheiro,
Reinava no banheiro!

Sentado no trono,
Já sabia de cor
O cheiro da descarga
Mas ainda precisava
Descarregar as mágoas
Pra não ir por água abaixo...

Ao chegar a puberdade,
Os pelos clamando por liberdade
Resolveram se mudar:
Minha fuga era pro bar,
Tomar umas e outras...

Hoje, que já sei desabotoar
Sozinho os meus botões,
Vira e mexe ainda me desboto;
Bato as cinzas no bloco de notas
Batendo ponto na insônia pra depois
Bater as botas no meu dormitório.

E a noite não sara
Na frente da tela,
E a tarde dispara
Pelas janelas
E não pára, não...

Mas agora vou parando por aqui,
Antes que o meu dia se resuma
A zeros e uns