sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Aprendiz de ser humano

Temos um prazo,
O prazo é curto
O caos é longo
E o absurdo.

Temos arbítrio
Fazemos karma
Voltamos ao vício
Do início onde estávamos.

Exatamente,
Sem tirar nem pôr;
A conta-corrente
Mede o seu valor...

Mas quem é você
Muito pouco importa,
A grande questão
É o que você faz.

E a paz de antemão
Já ficou pra trás:
Não damos um passo
Sequer ao presente!

Quem sente, porém
Não mente no traço o incompleto;
Cobaia do acaso
Exceto em demonstrações de afeto.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Bom dia.

De vez em sempre
é melhor manter a calma,
Deixar o caminho aberto
pra que a alma
possa ir além

(Conhecer o mal de perto
só pra dar valor ao Bem).

domingo, 11 de novembro de 2012

Colheiteiro

Planto em você
Sementes do meu afeto
No intento de poder colher
As maçãs do seu rosto,
Num gesto que parece
Esboço, ensaio
De algo mais sério;
Deixando-me inerente às rosas
Como a rezar.

E quando seu riso
Estiver maduro, completo
Repleto de um gosto preciso
Seguro e aberto
Nascerão flores de valsa e balada
Em nossos jardins atonais
E vamos dançar uma única dança
Tão singular
Que jamais se repetirá
Por todo o sempre
- tampouco há de findar
Com o peso das horas.

Pois será de uma leveza
Imensamente plácida,
Revitalizante e simples:
Livre como nossos sonhos
Mais felizes.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A propósito

Não estamos no mundo
pra mandar, tampouco
pra inundar-lhe de imundícies;
Entramos neste mundo
pra mudar, trazer-lhe
outras notícias.

Sair da cadência
de tanto vão querer
Desse ciclo decadente,
Pode até não ser nada fácil;
Mas quem sabe a graça
esteja no difícil?
Um edifício que se ergue
sozinho,
Tijolo por tijolo
À beira de um abismo...

Só sei que ir vivendo assim
Sem sentido
Atrás de qualquer coisa
que atraia
Um ou mais sentidos,
Por aí toda escolha
É um precipício pois
Das duas uma:
Ou enjoa
ou vira vício.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Com correntes

Ser escravo ou não ser,
Eis a condição.
Ser alguém: escravo
de quem?

Escolher a escravidão
Que mais lhe apraz...

Aqui jaz a questão.

Nada pessoal

Pessoas não fazem sentido
Pessoas só fazem sentir
Pessoas não fazem
Pessoas só fazem
Pessoas.