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É a casinha na árvore
Que eu nunca tive
Mas sempre quis;
Mal fazia idéia
Do que era solidão
E vez por outra
Meditava no banheiro...
Meu pensamento só
Queria saber do banheiro;
Meu desalento só
Cabia no banheiro:
Morava no banheiro,
Reinava no banheiro!
Sentado no trono,
Já sabia de cor
O cheiro da descarga
Mas ainda precisava
Descarregar as mágoas
Pra não ir por água abaixo...
Ao chegar a puberdade,
Os pelos clamando por liberdade
Resolveram se mudar:
Minha fuga era pro bar,
Tomar umas e outras...
Hoje, que já sei desabotoar
Sozinho os meus botões,
Vira e mexe ainda me desboto;
Bato as cinzas no bloco de notas
Batendo ponto na insônia pra depois
Bater as botas no meu dormitório.
E a noite não sara
Na frente da tela,
E a tarde dispara
Pelas janelas
E não pára, não...
Mas agora vou parando por aqui,
Antes que o meu dia se resuma
A zeros e uns
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