segunda-feira, 17 de junho de 2013

Humanifesto II

A única revolução realmente possível, para que haja resultados benéficos profundos e duradouros em nossa sociedade, necessariamente começa em casa. Antes de mais nada, o corpo é a nossa casa.

De fato, sentar a bunda no sofá de frente para a televisão ou ficar no facebook postando mensagens (revolucionárias ou não) ou ainda fazer um churrasquinho com os amigos ouvindo qualquer coisa que possa se chamar de música mas sem qualquer vestígio de alma, quaisquer dessas inércias sem dúvida são muito mais fáceis do que sair às ruas para manifestar nossa insatisfação; contudo, certamente não é mais fácil nem menos necessário mudar nossos hábitos e expandir nossa conscientização sobre nós mesmos.

Lembremos o exemplo dos grandes homens; lembremos, por exemplo, de Gandhi: ninguém antes (nem depois) em toda a história da humanidade conseguiu, como ele, mobilizar tanta gente de tantas classes sociais diferentes, e como se sabe, sem violência – mas com muito auto-controle, disciplina e espiritualidade.

"E eu me organizando posso desorganizar", já disse o mestre Chico Science.
É preciso limpar a casa, procurar consumir menos violência em nosso dia-a-dia, seja ela em forma de alimento, música, imagem, palavra ou pensamento.
Digamos sim à revolução, SIM a tudo que move o espírito e, por isso, é manifestação do Amor; mas, por favor, não nos esqueçamos por um segundo sequer que esse mesmo Amor somente poderá ser plenamente manifesto quando nos houvermos permitido que ele se manifeste em sua plenitude dentro de nós mesmos.

Harmonizemos, para que haja harmonia; humanizemos, para que haja humanidade; abramos nossos olhos (o terceiro inclusive) a fim de enxergarmos a vida como ela realmente é e assim, somente assim, podermos cumprir satisfatoriamente nossa verdadeira missão como seres humanos e espirituais.


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