quarta-feira, 19 de março de 2014

Tenho sede. Muita sede.
De água mineral.
De vida, chuva, cachoeira.
Do cheiro da mata úmida.
Do verde da paisagem
sob o azul.
Da música dos grilos,
do grito dos pássaros.
Da terra colorindo-me
a sola dos pés.
Das pedras esculpindo calos,
cantando caladas.

Tenho sede. Saudade.
De alguém que fala
minha língua, seja
com beijos, palavras,
silêncios. Olhares e
sorrisos certeiros.
Inteiros. Molhados.
Daquele lugar ao seu lado
Na cama, na rede, na rima
(Embaixo; em cima...)

Tenho sede. Muita,
muita sede!
Sede de tudo que falta
pra compor minha Sinfonia.
Sede, de fato,
de tudo que for sintonia!...
E de tudo mais que
também é poesia.

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