quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Da hora

Não temos a medida do tempo,
Mas o tempo tem a nossa medida.
E quem foi que disse que a vida
Tem tempo a perder
com tanta ironia?

Vai ver é só deixar caber
Os ponteiros internos
No terno das horas...
Fazendo o que se tem amor,
Unindo o útil
ao ser agradável.

Estável? bem, só se for
Numa tranquilidade inefável!
Pois via de regra me rendo,
Me vendo aos caprichos
do insano de casa.

E sei que não sou exclusivo:
Cada um tem seu tanto
De santo e perdido;
E o canto cada vez mais amplo
Só não encanta
quem não dá ouvidos.

E passam-se as ondas sonoras...
E passa-me o trem das memórias.
É assim que preencho meu tempo:
Passando horas
me reescrevendo!

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