(poema de Thierry M. Motta)
Pelas galerias do fundo da noite,
onde o medo espreita o viajante insone,
eu alcei meus braços sobre os violinos
e despertei os vultos de minha maldição.
Do silêncio que se estrangulava em postas,
a cada passo eu recolhia a fátua chama:
eu ateava o sonho às flâmulas mortas
das velhas nações vangloriadas de um coma.
E mais pereço, um subir sem fim, escadarias
onde a vertigem ladra reincidentes faltas,
pórticos precipitando sobre a fúria das hidras,
vou tramando ao violão minha crisálida,
cedo...
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