domingo, 4 de setembro de 2011

Leitura experimental

Um livro que se lê
Apenas com os olhos
Não serve pra nada;
Não vale a pena,
A tinta ou as retinas.

Porque um livro,
para que faça
Algum sentido,
Deve se merecer
e ser vivido,
Experimentado.

Cada parágrafo,
cada frase, cada palavra
Em si deve ser
Devorada com a fome
de mais de uma semana;
Mastigada com a paciência
de um monge zen;
Digerida com o fogo roubado
de Prometeu;
Percebida, enfim,
Como um filósofo que percebe
A própria vida
ininterruptamente
Concebendo a si mesma...

Nenhum comentário:

Postar um comentário